A política do mundo de Naruto é algo que não é tão explorada na obra e por isso deixa muitos leitores com dúvida. Para quem se interessa, aqui vai um post inteiro explicando como as coisas funcionam com base no que vimos e com um pouco de especulação baseada no mundo real!
Quem assistiu só o começo de Naruto clássico pode achar que tudo naquele mundo se resume à aldeias shinobi. Mas a verdade é que as aldeias são uma parte muito pequena. Antes de vermos isso precisamos dar uma passada no mundo real.
Antes da drástica modernização que veio no século 19, o Japão até tinha divisões como províncias e cidades, porém o que importava de verdade era os territórios dos senhores feudais (também conhecidos como daimiôs ou daimyos). Basicamente havia grandes donos de terra governando seu território do jeito que bem queriam, inclusive com várias vilas dentro dele e um exército próprio. Isso gerou períodos de várias guerras de daimyo contra daimyo.
O que temos no mundo de Naruto é quase isso. O mundo que conhecemos é dividido em países, cada um deles governado por um daimyo. Existe o País do Fogo, o País da Água, País da Terra e muito mais. E dentro desses países podemos imaginar uma vida bem comum acontecendo, com agricultura, comércio e tudo mais. Na imagem abaixo você vê os daimyos dos cinco principais países:
Nós sabemos muito pouco sobre os países que fogem do eixo da história, mas os fillers nos mostram que há uma imensa quantidade de países como o País do Macarrão, País dos Vegetais, País do Mel, etc..
No resto do mundo, e em especial nesses países pouco explorados na obra, tudo parece ser bastante normal, nós é que ficamos muito focados na trama dos ninjas. Alguns fillers nos mostram que existe todo um mundo de cinema, de esportes, comércio e muito mais. Os ninjas ficam realmente nas sombras e só aparecem para essas pessoas normais quando são contratados para algum serviço, tirando isso tudo parece correr como no nosso mundo real, afinal nem chakra é usado por pessoas comuns.
Os daimyos permitem a existência de vilas de ninjas porque elas servem como força militar para os países. Isso foi perfeitamente aceitável no Japão feudal, lembrando que nessa época os estados viviam em guerra, então sempre havia a necessidade de ter ao seu serviço muitos espiões, sabotadores e guerreiros. Além disso, às vezes os shinobi são quase um faz-tudo, os mais jovens e recém-formados pegam missões bem simplórias como encontrar o gato perdido da esposa de um daimyo.
Ainda assim, no mundo de Naruto existem forças como polícia e exército que não são compostos por ninjas. Alguns países sequer os usam quando precisam de um reforço, no caso do País do Ferro, por exemplo, a força militar é composta por samurais. Logo no primeiro arco vemos que existem mercenários que não se qualificam nem como ninjas nem samurais, são apenas combatentes comuns com um mínimo de treinamento e manuseio de armas. O que dá a entender é que governantes de países, por possuírem mais recursos, contratam pessoas mais qualificadas, por isso vemos tantos ninjas trabalhando.
É importante dizer que uma aldeia ninja não é composta inteira por shinobis treinados. Nunca ficou muito claro na obra se é uma opção se matricular na Academia para tornar-se um ninja, porém já vimos que vários habitantes da Aldeia da Folha são civis comuns, como Teuchi, o dono do Lámen Ichiraku. Era de se esperar, afinal é preciso ter pessoas que dediquem o seu tempo para trabalhos como vendas, construção e serviços, ao invés de passar o dia fazendo missões.
As aldeias ninjas são comandadas por um kage. O kage é um shinobi muito habilidoso e renomado que é escolhido por um conselho composto por: o grupo de conselheiros da aldeia, representantes das forças organizadas (como dos jounin e da ANBU, caso a aldeia tenha), conselheiros do daimyo e o próprio daimyo. Todos esses podem opinar sobre os candidatos, mas é o daimyo quem dá a palavra final e escolhe o kage. Então não existe democracia. E, comparando a hierarquia, um kage é como um prefeito, no máximo um governador! Ou seja, o Naruto fez tudo isso pra virar prefeito!
Os kages parecem ter bastante poder dentro da aldeia, o que nos faz imaginar que elas sejam entidades de governo quase independentes. Tanto que quando guerras começam apenas as aldeias podem ficar envolvidas, sem necessidade de colocar todo o país no combate.
Então em resumo temos um mundo dividido em vários países cada um governado por um daimyo. Os países são divididos em cidades, estados e aldeias que levam vidas bem comuns, mas há algumas aldeias que são administradas por ninjas e governadas com um chefe chamado kage. O kage é escolhido pelo daimyo do país onde a vila se encontra com base na opinião de conselheiros de todos os lados. E, por fim, o kage tem poder de decisão quase absoluto dentro da própria aldeia.
Se ficou alguma dúvida deixem nos comentários!
Até a próxima postagem!
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