Um dos novos mangás da Shonen Jump está sendo exaltado como a nova aposta da revista: Time Paradox Ghostwriter. Eu comecei a lê-lo e vou trazer aqui alguns pontos para, quem sabe, incentivar quem quiser começar a acompanhar. Na época em que escrevo essa postagem o mangá tem apenas 7 capítulos, então é uma boa hora para começar.
Podem ficar tranquilos, vou evitar spoilers. Tudo que eu contar já é mostrado na sinopse e na trama do primeiro capítulo. Se eu precisar revelar algo mais deixarei avisado antes.
Time Paradox Ghostwriter é sobre um jovem chamado Teppei Sasaki, que tem o sonho de se tornar um mangaká de sucesso. Porém todas as obras que ele submete à editora Shonen Jump não são aprovadas, pois são descritas como sendo muito comuns.
Teppei nota que todos os mangás que elas contém não existem na sua época. Um deles, White Knight (o carro-chefe da revista), é uma verdadeira obra-prima em tudo que se possa imaginar sobre um mangá, do roteiro até arte. Acreditando que tudo aquilo é um sonho e uma forma da sua mente lhe contar uma ideia, Teppei copia todo o primeiro capítulo do mangá e o leva até a editora, e é finalmente aceito. E, agora, a Shonen Jump quer transformar sua história em uma série publicada semanalmente.
Só depois Teppei percebe que não estava recebendo ideias nos sonhos e sim reproduzindo um mangá que será publicado 10 anos no futuro por uma tal de Itsuki Aine. Por isso precisa lidar com o dilema de todos acreditarem que ele é um gênio, quando na verdade tudo que faz é copiar o que seu micro-ondas estava lhe enviando do futuro.
Bem longe de onde Teppei vive, uma garota chamada Itsuki Aine checa a mais nova edição da Shonen Jump e descobre o lançamento de White Dragon, que é muito parecido com um esboço que ela tem guardada. Então ela decide procurar Teipei, esse novo mangaká em ascensão e questioná-lo como ele poderia ter roubado sua ideia.
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| A capa da Shonen Jump com o White Knight |
O decorrer do mangá gira em torno de Teppei tentado reproduzir a maestria jamais vista daquele mangá do futuro, enquanto pensa se o que está fazendo é certo.
A história ainda traz vários detalhes sobre como é a indústria de mangás, como por exemplo o passo a passo para um novo mangaká conseguir publicar sua primeira história, quantas páginas precisa ter um one shot e um primeiro capítulo, como funciona as reuniões para decidir se um mangá será publicado ou não, e muito mais. Essa é uma das melhores partes.
Uma das maiores discussões que vi no mangá até agora é sobre a criação de histórias. Os comentários sobre os trabalhos anteriores de Teppei são sempre os mesmos: suas histórias são chatas, padronizadas demais, muito comuns, não possuem algo especial que as torne únicas. Isso faz com que ele duvide de si próprio, se ele mesmo tem algo especial que o permita criar algo de valor ou se é apenas um sujeito comum sem talento.
Mesmo depois que tem acesso ao White Knight ele continua com esse sentimento, pois percebe que nunca vai chegar ao nível do mangá original, mesmo que esteja copiando página por página.
Eu espero que essa discussão siga sendo abordada, porque é algo muito interessante e importante de ser debatido.
Outra coisa que eu quero que se mantenha é o mistério sobre o conteúdo do White Knight. Ele é descrito como o mangá perfeito, algo que realmente mexe com os sentimentos dos leitores. Você pode pensar que já achou um mangá assim, a diferença aqui é que o WK possui esse efeito em todos que o leem, independente da personalidade e gosto do leitor. Se um dia resolverem mostrar como é sua história ou arte acredito que irá quebrar a mística da sua perfeição, porque é óbvio que ele não será perfeito para todos. Já consigo até ouvir um "Até Dragon Ball é melhor"...
Enfim, ainda é cedo para ficar jogando ideias e expectativas, por isso vou ficar por aqui e deixar o conteúdo dessa postagem mais como informação e recomendação mesmo.
Até a próxima postagem!
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