Demorou bastante desde a última postagem dessa série sobre Shuumatsu no Valkyrie, mas é porque essa luta realmente demorou e agora estamos exatamente aonde o mangá parou, ou seja, dependemos do lançamento mensal de cada novo capítulo para continuar.
Como prometido, vou postar a sinopse em toda postagem:
Os deuses de vários panteões (como gregos, hindus, nórdicos, etc.) se reúnem a cada 1000 anos. Porém, dessa vez, eles decidem que querem acabar com a humanidade. Só que uma Valquíria invoca uma antiga lei que diz que os humanos podem se salvar se vencerem um torneio: um humano enfrenta um deus em uma batalha um contra um. São treze combates e o primeiro que vencer sete ganha. Se os deuses ganharem a humanidade é destruída, se os humanos ganharem eles podem continuar existindo.
Enfim, como já sabíamos anteriormente, a luta é entre Hércules e Jack, o Estripador. Vamos conhecer os lutadores.
Do lados dos deuses:
Hércules
Hércules é um dos personagens mais conhecidos na mitologia. Sua origem é na mitologia grega, onde se chama Héracles. Nascido de uma mulher humana, seu pai é o poderoso Zeus, o que o torna um semideus com poderes especiais, o mais notável a superforça. A esposa de Zeus, Hera, não podia descontar no marido pela traição, então direcionou toda a sua raiva em Héracles, por isso ele passou por diversos desafios na sua vida, como os famosos Doze Trabalhos, que foram tarefas praticamente impossíveis, mas que o semideus superou.
O nome Hércules, que é o mais famoso, vem dos romanos, que absorveram muito da cultura grega e praticamente só mudaram alguns nomes (Zeus, por exemplo, passou a se chamar Júpiter). Porém, na sua história original, ele foi batizado entre os humanos com um nome diferente: Alcides, que é o nome pelo qual os deuses se referem a ele no mangá.
Em Shuumatsu no Valkyrie, Hércules é mostrado como muito próximo dos humanos, um verdadeiro herói na Terra. Isso faz com que essa luta se torne um tanto confusa, afinal de um lado havia alguém que amava os humanos lutando pelos deuses, e do outro lado uma assassino desprezível que nunca fez nada de bom lutando pela humanidade.
Na mitologia ele ascendeu ao lar dos deuses depois de morrer e foi transformado em uma divindade pelo pai. Já no mangá, é algo bem mais heroico, com o semideus indo até o lar dos deuses e provando da ambrosia, o alimento mágico que concede divindade. Como os deuses o respeitavam muito, ninguém interferiu ou se opôs.
Ainda na adaptação, o herói possui o poder especial de invocar doze formas diferentes de si próprio e de sua maça, com cada forma recebendo o nome de um dos seus trabalhos.
Do lado dos humanos:
Jack, o Estripador
Jack, o Estripador, é o nome pelo qual ficou conhecido popularmente um assassino em série que atuou em Londres no final do Século 19. Ele não foi um assassino confesso e os registros não eram tão precisos na época, então não se sabe ao certo quantas são suas vítimas e nem se todos os que morreram realmente foram mortos pela mesma pessoa. No meio disso surgiram várias lendas sobre a figura e até hoje ninguém sabe nem quem ele era.
Todas as vítimas atribuídas e eles eram mulheres e a maioria era de prostitutas. Elas tinham sido atacadas nas ruas e mortas por conta de golpes de faca ou outros objetos afiados. Algumas dessas vítimas alegam que não foram atacadas por uma única pessoa e sim um grupo, mas mesmo assim o crime é atribuído a Jack, por isso qualquer contagem de corpos é duvidosa.
As divergências também geram ainda mais dúvidas. Algumas das vítimas eram cortadas de maneira quase cirúrgica, indicando alguém habilidoso (como um médico ou um açougueiro), outras apareciam com feridas grosseiras como se feitas por alguém que mal sabia usar uma faca.
O fato de ninguém saber a verdadeira identidade de Jack é usado no mangá, já que todos ficam surpresos quando ele aparece, afinal é a primeira vez que seu rosto é visto, e mesmo que ninguém saiba seu nome verdadeiro ou demais informações isso já é uma grande revelação.
No mangá, Jack possui o poder de enxergar as emoções das pessoas através de cores que elas emitem. Seu passado é descrito: ele era uma criança feliz que era amado apenas por sua mãe, uma prostituta que emitia uma cor diferente de todos os outros. Porém, Jack descobre que era filho de um cliente rico de sua mãe, um sujeito que havia prometido voltar levar mãe e filho para uma vida melhor. Só que o sujeito não voltou, então Jack descobriu que a sua mãe só gostava dele porque o via como uma "âncora" para conseguir o dinheiro do cliente.
A Luta:
Por uma requisição de Jack a arena é modificada, deixando de ser sempre um estádio. Ela se torna uma réplica exata da Londres do século 18 em que o assassino viveu. Hércules aceitou a proposta de mudança numa boa.
Jack revela que sua volund é uma tesoura gigante, porém, ao invés de lutar ele sai correndo pelos becos. Hércules vai atrás e encontra o assassino tomando chá, então o semideus percebe que caiu em uma armadilha e é atingido por várias facas, entretanto armas comuns não machucam divindades. Quando Jack tenta fugir, Hércules quebra sua tesoura, mostrando que aquela não era a volund de verdade. E então o semideus é perfurado por facas, indicando que elas poderiam ser a volund e que Jack mentiu o tempo todo.
Mas a mentira é ainda maior. Jack diz que sua volund é a bolsa tiracolo, que possui o poder de liberar armas capazes de ferir deuses, como as facas recentemente usadas. A valquíria Brunhilde ressalta que a vantagem de Jack está na sua malícia, algo que os deuses não possuem.
Então, Hércules parte para suas transformações que aumentam o poder e que são chamadas de Trabalhos. Mesmo com esse poder ele acaba preso em mais uma armadilha de Jack, que agora espalhou vários fios de piano retirados da bolsa. Só que Hércules recorre a outro Trabalho e rapidamente destrói tudo.
Após mais luta, uma nova revelação é feita. Jack havia mentido mais uma vez sobre sua volund, que na verdade eram as luvas que ele usava. Tudo que as luvas tocavam se tornavam capazes de ferir deuses, por isso o assassino havia corrido por todo o cenário, transformando aquela Londres inteira em uma arma. Não demora até Jack derrubar um prédio inteiro sobre Hércules, acreditando que aquilo iria acabar com tudo. Porém o semideus libera seu Trabalho final, o maior de todos, chamado Cérberus. É algo tão anormal e agressivo que, a partir de agora, ele tem um tempo para acabar a luta, afinal o Trabalho destrói seu corpo a ponto de matá-lo no fim da contagem.
Pela primeira vez desde o começo da luta, o combate se torna corpo a corpo de verdade, com proximidade. Jack é gravemente ferido ao ser jogado contra as grades de um portão, mas secretamente rouba uma das estacas de ferro e a esconde na manga. Ele tenta perfurar Hércules com essa arma, porém recebe um soco certeiro. Nesse momento, todos imaginam que a luta acabou, mas o humano continua se levantando.
Seu plano final é colocado em prática: Jack finge estacar o sangue de seu ferimento, só que na verdade estava cobrindo as luvas com ele. Ou seja, seus punhos estavam cobertos por algo que poderia ferir um deus. Assim, ele enfia ambas as mãos no peito de Hércules. O semideus, já muito exausto, se recusa a continuar e aceita o fim. Ele está feliz e diz que sempre amará os humanos.
A luta durou 26 minutos, 57 segundos, a mais longa até agora, com quase o dobro da segunda mais longa.
Agora, humanos e deuses estão empatados com dois pontos cada.
A próxima luta é entre o lutador de sumô Raiden Tameemon e o deus hindu Shiva, para ler sobre ela clique aqui.
Até a próxima postagem!
Não entendo como esse mangá não virou anime ainda, acho que seria frenético kkk
ResponderExcluirAcho que é a primeira vez que ouço falar desse nome de batismo dado para o Hércules: Alcides
Mas queria saber mesmo porque o nome romano (Hércules) é mais usado do que o nome grego (Héracles)
Existe uma explicação pra isso?
Acho que assim que acumular mais capítulos saia um anime, pelo menos quando tiver o suficiente pra uma temporada.
ExcluirSobre o nome, usamos mais o nome Hércules porque os romanos dominaram a cultura no ocidente por séculos, então basicamente a linguagem deles era a linguagem de todas as informações que circulavam, mesmo depois que o império caiu os reinos que surgiram no lugar (na Europa) ainda absorverem tudo dos romanos. É por isso, por exemplo, que ainda usamos os nomes dos planetas que eles deram em homenagem aos seus deuses: Júpiter, Marte (Ares, para os gregos), Mercúrio (Hermes), etc.
Os capítulos parecem demorar tanto a sair.. São lançados mensalmente ou semestralmente?
ExcluirSobre o nome, obrigado! Essa explicação faz mesmo sentido, desde sempre só ouvimos falar a pronúncia romana original de certas coisas. Mas acho estranho tantas obras voltadas pra mitologia grega usarem o nome romano ao invés do grego..
Seria por causa da pronúncia ser mais fácil e agradável aos ouvidos? kk
Os capítulo são mensais, mas parece ter uma irregularidade. Esse ano só saíram em dois meses e lembro de uma vez que, no mesmo mês, saíram dois capítulos.
ExcluirDeve haver muita confusão na hora de traduzir do grego e latim pra inglês e português, por exemplo, talvez seja por essa bagunça que alguns nomes sejam mantidos e outros mudados. Deve ter isso da pronúncia também.
da hora d +
ResponderExcluirNo Aguardo das próximas postagens!! Essas análises de vocês são da hora.
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