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sexta-feira, 10 de agosto de 2018

5 animes que já foram banidos em alguns países


Existem dezenas de animes que já foram banidos em algum país pelo mundo, mas nessa lista eu preferi reunir os que foram banidos pelos motivos mais curiosos ou inusitados.

Death Note foi um sucesso em vários países, mas na China isso foi visto como algo negativo para as crianças. Nas escolas, várias crianças estavam personalizando os cadernos e fazendo seus próprios death notes, e como todo o conceito sobre o caderno é meio mórbido (e psicopata, dependendo de quem comentar), foi interpretado que o anime estava ensinando as crianças a querer matar pessoas. Ou pelo menos insinuar que estavam matando pessoas, afinal era só para isso que o death note servia. A China realmente proibiu o anime e o mangá. No Novo México, nos Estados Unidos, isso quase aconteceu pelos mesmos motivos, as escolas pressionaram, mas nada aconteceu.

Em 2001, quando o mundo surtava com Pokémon, a Arábia Saudita proibiu o jogo. Para entender o motivo vocês precisam saber que a Arábia Saudita é um país onde 97% da população é muçulmana, o islamismo é a religião oficial e, por lei, o muçulmano que se converter à outra religião pode receber pena de morte. Lá é comum que saiam as fatwas, que é quando as autoridades religiosas se pronunciam sobre um tema específico dizendo como as leis islâmicas se aplicam naquele caso. Nesse ano de 2001 saiu uma fatwa dizendo que Pokémon trazia símbolos de outras religiões (como elementos da mitologia japonesa e até mesmo uma suposta Estrela de Davi, símbolo do judaísmo). Existe até uma história de que o anime e o jogo seriam uma conspiração dos judeus. Resultado: banido. E as cartas e todos os jogos relacionados foram banidos também porque, segundo eles, incentivavam a jogatina.

A França foi um dos países mais afetados pela Segunda Guerra Mundial, em especial pela ocupação nazista em seu território que durou muitos anos. Isso tornou o país muito rígido contra qualquer manifestação neonazista, e isso sobrou pro anime Kinnikuman. Nele existe um personagem chamado Brocken Jr., filho de um nazista e que por isso usa o uniforme do pai. Porém ele não apresenta nem segue as ideologias nazistas. Mesmo assim, 87 dos 137 episódios foram banidos no país sob a alegação de que o anime apresentava um nazista como uma pessoa boa e heroica. Já o mangá foi banido por completo. E a coleção de bonecos do anime, quando chegou aos Estados Unidos, teve o boneco de Brocken removido e substituído pelo de outro personagem. Ele também foi substituído em vários jogos nas versões de outros países.

Design do Coréia para o anime
Hetalia: Axis Powers é um mangá que traz países representados como pessoas, focando nos times formados na Segunda Guerra Mundial. Alguns poderiam reclamar que o anime utiliza muito os estereótipos de cada país para compor os personagens, mas é exatamente essa a ideia. O do Canadá, por exemplo, é calminho e sossegado, o da Itália é um obcecado por massas e o do Japão é disciplinado, trabalhador e possui obsessão por pornografia. O problema aconteceu na Coréia do Sul, onde a população ficou revoltada com a caracterização de seu país e uma petição online conseguiu banir o anime. A caracterização da Coreia é um sujeito obcecado por video game e internet e com uma relação de amor e ódio com o Japão, às vezes odiando, mas sempre querendo ser igual a ele. Lembrando que o Japão já dominou a Coreia do Sul por anos no passado, em uma das ocupações mais violentas da história. E o personagem se chama apenas Coreia porque, para o Japão, existe apenas uma (e a Coreia do Norte é um território rebelde).

Comparação entre Dot Pixis e o tal general
Shingeki no Kyojin é outro anime que já enfrentou muitos problemas. Ele esteve entre os 38 banidos na China em 2015 por apresentar muita violência explícita (o que, segundo as autoridades, tornaria as crianças violentas), mas vou comentar um motivo mais curioso que gerou polêmica um tempo atrás. Um dos personagens do anime, Dot Pixies, se parece muito com Yoshifuru Akiyama, que foi um general japonês na época em que o Império do Japão invadiu, conquistou e dominou a China (começou um pouco antes da Segunda Guerra Mundial e durou por toda ela). No Japão, o general é um herói de guerra, mas a China o conhece como um dos responsáveis pelos massacres e outros crimes horríveis que os japoneses fizeram na China durante o domínio. Isso fez com que o autor do mangá, Hajime Isayama, fosse ameaçado de morte por chineses.


Se vocês gostarem dessa postagem posso fazer uma parte 2! É só dizer aí nos comentários!

Até a próxima postagem!

2 comentários:

  1. Ótimo post! Eu achei muito interessante, espero que voçê faça uma parte 2 em breve. O Pokémon proibido na Arábia Saudita por motivos de intolerância religiosa não me admira minimamente, mas todos os outros casos foram uma surpresa para mim.
    Mundo da Fantasia

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  2. Um motivo mais absurdo que o outro, mas o problema é deles mesmo.

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