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sábado, 24 de setembro de 2016

A importância da diversidade e da representatividade nos quadrinhos



[LEIA PELO MENOS A INTRODUÇÃO ANTES DE TIRAR CONCLUSÕES!]
Essa é a primeira vez que uso esse blog pra falar de um assunto sério. E podem ter certeza que não será a última!

Antes de tudo, faça uma reflexão comigo. Eu não sou apoiador do feminismo, do movimento negro, movimento LGBT, assim como também não sou contra. Você pode apoiar um desses movimentos (ou outros não citados), assim como odiá-los ferrenhamente, mas nenhum desses dois posicionamentos justifica a falta de respeito com outro ser humano. Portanto, esse texto não é apoio a qualquer movimento de minoria, e eu digo isso porque sei que se o post se tratasse de algo assim as pessoas mais conservadoras logo iriam fechá-lo pensando se tratar de mais um, como eles dizem, "mimimi". Esse texto se trata de um assunto que não deveria ser defendido por um lado ou por outro, deveria ser algo que todo mundo deveria se conscientizar, independente de posicionamento, então, seja lá qual lado você apoie, apenas leia e deixe seu respeito e seu amor se sobreporem à sua ideologia.

Leu até aqui e está pensando em desistir de continuar porque teme que vou escrever "um monte de besteira"? Repense suas ideias então. Vamos começar.

Quadrinhos são um meio simples de comunicação, têm balões de fala simples, textos curtos, muitas figuras que causam um bom impacto visual, e assim são perfeitos para qualquer idade e para apresentar qualquer ideia. Quem não gosta de uma boa história em quadrinhos? Não precisa ser uma coleção da DC Comics, pode ser até aquela tirinha de três quadros na última página do jornal.
Eu vejo os quadrinhos como uma das mais poderosas mídias desde sua criação, e hoje vemos seu poder maior do que nunca. Lá no contexto da Segunda Guerra Mundial, nos anos 40, quadrinhos eram usados para incentivar soldados, inspirar as mulheres que ficaram longe dos maridos combatentes, e encantar as crianças com histórias sobre seus heróis patriotas. E atualmente temos quadrinhos vendendo mais do que grandes sagas de livros e inspirando filmes que faturam bilhões nos cinemas mundiais.
Conhecendo o poder das HQs podemos ver esse meio como uma ótima forma de conscientizar as pessoas sobre coisas importantes que muitas vezes nem vemos em outras mídias.

Vamos à algumas definições.
Diversidade pode ser definida como as muitas formas de valores, pensamentos, características físicas e muito mais que podem ser encontradas dentro de um conjunto (um grupo de amigos, uma escola, uma cidade, um país, etc.). O mundo é diversificado, assim como cada país também encontra suas pequenas diferenças. E isso é bom, afinal deve ser horrível viver entre "clones" seus, por mais legal que você seja. Quando falamos do Brasil a questão de diversidade se torna bem maior, pois nosso país recebeu pessoas de todos os cantos do mundo e houve uma miscigenação por décadas. O brasileiro praticamente não possui um conjunto de características que o definem, como cor dos olhos ou do cabelo. Somos uma bela mistura de características do mundo inteiro e por isso devemos respeitar ainda mais a diversidade. Oras, somos diferentes uns dos outros, entretanto devemos respeitar a todos igualmente, combater a discriminação, o preconceito. Isso é respeitar a diversidade!
A representatividade é uma das formas de respeitar a diversidade. Significa, nesse contexto, que todos os tipos de identidades podem ter o seu espaço e oportunidade de se sentirem representados dentro de alguma obra. É você poder ler, assistir, ou seja lá o que for, algo e se identificar ainda mais com algum personagem porque ele compartilha características em comum com você e assim sentir-se bem por ser quem você é, por saber que existe alguém igual a você que está realizando coisas incríveis pois ter aquelas características não o impedem de ser bem sucedido.

A diversidade e a representatividade são muito importantes em qualquer obra. Muito mesmo e às vezes não percebemos isso.
Vou começar esse trecho com uma história curta muito divulgada em sites e blogs que comentam esses assuntos. Conta-se que, certa vez, a atriz Whoopi Goldberg ficou muito surpresa ao assistir pela primeira vez a série Star Trek e ver a Tenente Uhura (interpretada por Nichelle Nichols). A atriz teria corrido para contar à sua mãe: "Acabei de ver uma mulher negra na TV, e ela não era uma empregada!"
É difícil descrever o quão importante Uhura foi. Posso colocá-la aqui como um símbolo da importância da representatividade. Uma mulher negra como Tenente e uma das protagonistas na série de maior sucesso dos Estados Unidos em plenos anos 60 era motivo de orgulho para a juventude negra, que via na personagem uma inspiração. Anos depois a própria NASA chamou Nicholls para incentivar jovens negros à seguirem a carreira de astronautas ou trabalharem em programas espaciais. É indiscutível que sua influência foi fundamental para mostrar às pessoas que lutavam pelos direitos civis dos negros na época o sentimento do "é possível para mim".

Imagine-se assistindo sua série favorita e não ter nenhum personagem parecido com você. Imagine-se tendo que transformar o próprio corpo, alisando o cabelo, usando lentes ou coisa do tipo, para se parecer com o personagem que você gosta (não estou falando de personagens que exigem maquiagem, obviamente, como os klingons). Seria bem difícil, né?

Estudando para fazer esse texto eu me preocupei mais em ler comentários à ler o conteúdo dos blogs que visitei, para assim ter mais acesso à pluralidade de ideias. Em muitos comentários as pessoas diziam que em sua infância nunca tiveram problemas em brincar de "ser" um personagem fictício que fosse diferente deles, desde que não fosse uma diferença de gênero. Ok, isso é ótimo, eu até me incluo nesse grupo de pessoas. A questão aqui é que não são todas as pessoas que pensam como você, tente imaginar que há pessoas que não conseguem brincar de ser um personagem com etnia diferente, às vezes até porque os amigos não aceitam: "Ah, você não pode ser o Goku porque ele é branco e você é negro" ou coisas do tipo.

Ah, e colocar representatividade na obra não significa enfiar um personagem em qualquer canto do trabalho e pronto. O faxineiro, o motorista do carro, o personagem sem falas que só serve para apanhar. Isso não é representatividade, afinal não existe igualdade na representação. Usar o personagem abusando se seus estereótipos de forma ruim também é uma péssima ideia.

Caramba, escrevi bastante até aqui. Então vamos logo falar dos quadrinhos.

Muita gente critica a inserção da diversidade em HQs como resultado de um fenômeno atual. Se você pensa isso saiba que está bem errado e para mostrar isso vou lhes apresentar os X-Men.
A equipe de mutantes foi criada em 1963 por Stan Lee e Jack Kirby e trazia as aventuras de um grupo de heróis com poderes especiais que, ao mesmo tempo em que combatiam supervilões, precisavam enfrentar o preconceito por serem diferentes dos humanos. 
A questão do preconceito sempre foi abordada nas histórias dos X-Men, usando algumas metáforas. Nos anos 60 os Estados Unidos, mergulhados numa cultura racista e de segregação escancarada, encararam uma onda de protestos dos negros em busca de seus direitos civis. O movimento tinha vários grupos que buscavam a mesma coisa, porém por caminhos diferentes, e aqui temos um paralelo interessante com os X-Men.
Os mutantes (representando os negros) eram uma minoria em meio à uma classe dominante que impunha suas regras sem consultá-los, os humanos (que representavam os brancos). Em busca de direitos iguais surgem movimentos diferentes. 
O Professor Xavier luta de forma pacífica e não-violenta por um mundo onde mutantes e humanos possam conviver em conjunto, interagindo uns com os outros sem que suas diferenças possam gerar preconceito ou discriminação. Ele faz um paralelo com Martin Luther King, pastor protestante e ativista dos direitos civis que espalhava suas ideias com discursos públicos e marchas, e que queria exatamente um mundo onde brancos e negros conviveriam respeitando suas diferenças. Ele ainda combateu a violência e as guerras e por tudo isso foi ganhador do Nobel da Paz.
Magneto acreditava na superioridade dos mutantes, algo como uma evolução da espécie humana (portanto esta seria ultrapassada). Para ele os dois grupos não conseguiriam conviver em paz e se fosse necessário todos os humanos deveriam ser erradicados. Magneto representa o ativista Malcolm X, que defendia o chamado nacionalismo negro. Malcolm X acreditava na superioridade dos negros, por isso eles não deveriam conviver com os brancos e sequer adotar nomes americanos (pois isso seria uma forma de relembrar a escravidão), além de defender a violência como meio necessário para obter seus resultados desejados.

Os X-Men também foram responsáveis por trazer muita diversidade aos quadrinhos.
Ainda na questão étnica, na equipe havia a Tempestade, uma destruidora de paradigmas. Mulher, negra, nascida na realeza do Quênia e com poderes de uma deusa.
A Moon Girl é uma de minhas personagens favoritas por possuir muitas coisas em comum comigo, como o amor pela ciência (e, céus, como eu queria ter um dinossauro de estimação também!). Ela chegou para mudar muitas coisas, afinal é uma pré-adolescente negra que traz em suas histórias as dificuldades da convivência na escola enquanto precisa encarar inimigos de outras dimensões. Recentemente ela se tornou a personagem mais inteligente do Universo Marvel, ocupando o lugar que por décadas foi do Quarteto Fantástico. Gosto da genialidade da personagem, mas o motivo disso ter acontecido me desagradou. Faz parte de um plano da Marvel de manchar a imagem de personagens aos quais ela não possui direitos de adaptar nos cinemas, como os X-Men e o Quarteto Fantástico (equipe que inclusive foi completamente desfeita e não existe mais nas HQs). Mas isso não tira os méritos da Moon Girl.
Personagens de outras nacionalidades foram inseridos ao grupo com o passar do tempo: Logan, o Wolverine, é canadense; o Mancha Solar é brasileiro; o Solaris é japonês; e tocou ainda em algumas questões delicadas para americanos, como a inserção de personagens nativo-americanos (que foram brutalmente dizimados na construção do país), como Forge e Miragem, que são índios Cheyenne. Em pleno cenário de Guerra Fria, um personagem soviético, Colossus, integra a equipe também.
 
Futuramente a Marvel traria mais personagens representando outras etnias. O atual Hulk dos quadrinhos é o coreano Amadeus Cho, uma das pessoas mais inteligentes do mundo.


Outra coisa que os X-Men abordaram melhor que qualquer um foi a questão das aparências. Algumas mutações acabam por gerar diferenças notáveis na aparência, como foi o caso do Noturno e do Fera. Noturno passou a vida toda tentando esconder sua pele azul e seu rabo. Ele foi caçado e tratado como um demônio, até encontrar aceitação dentro dos X-Men. Ainda assim ele procurou formas de disfaçar sua aparência, usando equipamentos de hologramas e coisas do tipo, até que enfim aprendeu a respeitar-se do jeito que ele era, viver da forma que ele gostava, sem obedecer às imposições das pessoas a sua volta. E o mesmo aconteceu com o Fera, que pesquisou por anos atrás de uma cura para sua mutação, até aceitá-la e se tornar um ativista para que mais pessoas seguissem seu exemplo.


Outro bom exemplo são os morlocks, mutantes com aparência malvista e que os obrigavam a viver em reclusão, morando nos esgotos. Histórias onde eles aparecem possuem um pano de fundo bem forte sobre discriminação e segregação.

A DC lidou com isso usando metáforas também, puxando um pouco mais para o contexto universal. Trouxe personagens alienígenas, como o Superman e o Caçador de Marte, tentando se encaixar numa sociedade onde são completamente diferentes da maioria e onde muitas vezes precisam esconder quem são de verdade para serem aceitos.

Mostrar isso nos quadrinhos faz com que os fãs notem os resultados que o preconceito pode causar nas vítimas e quem sabe os faça pensar duas vezes antes de julgar alguém pela sua aparência.

Na diversidade religiosa os X-Men também deram passos significativos. O passado triste de Magneto como uma criança judia separada dos pais nos campos de concentração nazistas chocou muitos leitores na época. Pouca gente sabe, mas personagens como a Lince Negra, o Coisa do Quarteto Fantástico, a Arlequina e muitos outros também são judeus.
Dentro das denominações cristãs há católicos, como o Noturno e o Demolidor, protestantes, como Jean Grey, batistas, como a Vampira, e muitos outros.
O número de ateus vem crescendo pelo mundo e eles também têm seus representantes. Batman, Senhor Incrível, Senhor Fantástico, Homem Aranha e Homem de Ferro são alguns exemplos. Ah, tem agnósticos também, como o Fera.
Personagens muçulmanos ganharam destaque recentemente, como a Pó, dos X-men, que ajuda seus amigos e combate supervilões usando uma burca, sem que isso a impeça de ser poderosa.
Temos ainda a segunda Miss Marvel, Kamala Khan, que é paquistanesa e traz em suas histórias muito da sua cultura, aspectos de sua vida como uma mulher muçulmana tentando conciliar sua crença e seus rituais religiosos com a vida de uma adolescente, com escola, festas, horário de dormir, etc, além é claro dos poderes recém-recebidos. São ótimas histórias para ler, rapidamente Kamala se tornou uma de minhas personagens favoritas.

E por falar na Miss Marvel, ela é parte da nova fase da Marvel, chamada All-New, All Diferent, que trouxe muitos personagens reformulados e alguns novos. Wolverine e Thor, por exemplo, passaram seus mantos e agora esses heróis são mulheres. Esse é outro ponto que eu queria abordar, a presença de mulheres poderosas em situação de destaque nas HQs.

No princípio as personagens mulheres apareciam apenas como uma versão feminina de heróis consagrados, como aconteceu com a She-Hulk e a Capitã Marvel. Mas com o passar do tempo elas ganharam tanto destaque que hoje figuram grande parte dos títulos das editoras. Há, inclusive, a A-Force, uma equipe composta somente por heroínas!


O melhor exemplo que posso dar, é claro, é a Mulher Maravilha, que veio mostrando o poder feminino nos quadrinhos desde a sua criação. Ela passou por períodos difíceis nas mãos de alguns editores, mas felizmente voltou a ser o ícone que merece ser. Alguns aspectos bem no-sense de sua história foram removidos, como o fato de que ela perdia seus poderes se fosse segurada por um homem (sério, WTF?!)


Com o público feminino ocupando cada vez mais espaço entre leitores de HQs, aposto que essa mudança para o bem não vai parar. E não deve parar mesmo.

Posso fazer uma imensa lista de grandes heroínas dos quadrinhos, porém vou citar algumas para não deixar esse post maior do que já está. Pela Marvel temos Jean Grey, Tempestade, Emma Frost, Mística, Capitã Marvel, She-Hulk, a Wolverine, a Thor, Jessica Jones, entre outras. Na DC temos Mulher Maravilha, Supergirl, Zatanna, Batgirl, Canário Negro, Mulher-Gavião, pra citar algumas. Temos ainda em outras editoras, como Red Sonja na Dynamite e as Rat Queens na Image Comics. Aliás, recomendo bastante Rat Queens, é um ótimo trabalho. Lá você encontra Dee, uma clériga ateia, Hannah, uma elfa maga badass,a guerreira anã Violet e a ladra halfling Betty.

As Rat Queens, da esquerda para a direita: Dee, Betty, Violet e Hannah.

E algo muito importante que precisar ser dito é que o crescimento de poder das mulheres nos quadrinhos não ocorre em detrimento aos personagens masculinos. A nova Wolverine é poderosa, incrível, e mesmo assim o antigo Wolverine, agora chamado de Velho Logan, existe como um personagem reformulado e que é protagonista de uma das melhores HQs que já li recentemente (sério, leiam "Old Man Logan").

Vimos que a Marvel saiu na frente com a diversidade em seus quadrinhos nos tempos modernos, mas a DC Comics não fica para trás. Um ótimo trabalho vem sendo feito com os Lanternas Verdes da Terra. O primeiro, Alan Scott, é homossexual; o terceiro, John Stewart, é afrodescendente; e os atuais são Simon Baz, um muçulmano, e Jessica Cruz, de origem latina.

A DC também trouxe uma das primeiras personagens LGBT da história, a Batwoman. 
Os leitores de HQs pararam para acompanhar o casamento do século, do Senhor Fantástico e da Mulher Invisível, na Fantastic Four Annual #3 em 1965. Em 2002, os heróis Meia-Noite e Apollo se casaram e entraram para a história como o primeiro casamento homossexual dos quadrinhos.
Nesse ano de 2016, a editora criou um título próprio para o Meia-Noite, que inclusive faz questão de escancarar sua sexualidade sem vergonha alguma, algo que pode servir como inspiração para muitas pessoas que sentem medo de não serem aceitas ou julgadas.


Um dos meus casais favoritos das HQs está nos Jovens Vingadores. Hulkling e Wiccano formam uma dupla incrível como heróis e um ótimo casal que vem se consagrando muito em suas páginas. Torço muito para que eles apareçam nos futuros filmes da Marvel Studios, dando mais visibilidade ao que a editora trouxe.


Já estou terminando o texto, antes queria deixar mais duas personagens como exemplo da diversidade nos quadrinhos.
Em uma mídia marcada pelo sexismo, onde todos os heróis possuem corpos esculturais e heroínas têm silhuetas anatomicamente impossíveis, surge Faith Herbert, a Zephyr, a primeira heroína plus size da história, lançada pela Valiant Comics. Indiscutivelmente as HQs trazem padrões de beleza fora da realidade e isso gera um certo desconforto e tristeza naquelas pessoas que não conseguem seguir esses padrões. Elas, então, sentem-se descontentes com o próprio corpo e às vezes recorrem à atitudes drásticas como automutilação, desenvolvem transtornos como bulimia, e chegam até mesmo a cometer suicídio. A inserção de personagens, homens e mulheres, fora dos padrões é essencial para mostrar que qualquer um pode ser um super-herói, que qualquer pessoa, independente de sua aparência, pode estrelar páginas de quadrinhos, ser famosa e ganhar fãs.
Ano passado a Marvel deu mais um passo para aproximar-se de uma perspectiva mais diversificada. A Mulher-Aranha irá ganhar um título onde combate o crime grávida de oito meses! Imagina que legal ver nas convenções de quadrinhos as futuras mamães, que antes se sentiam tristes por não caberem na roupa das heroínas por causa da crescente barriga, vestindo-se como a Mulher-Aranha! Porque agora elas podem, existe alguém como elas! Conseguem perceber como isso é fantástico?


Finalizando, espero que depois dessas descrições e vários exemplos você tenha percebido a importância da diversidade e da representatividade nos quadrinhos. Os quadrinhos são um reflexo da realidade, muitas questões reais são tratadas em suas páginas, e porque deixar de lado a diversidade, que é tão presente na humanidade? Porque excluir personagens que possuem certas características?
Com a representatividade mais pessoas poderão entrar nesse universo fantástico das histórias em quadrinhos, mais personagens serão criados, novas histórias serão desenvolvidas. As convenções terão mais pessoas fantasiadas como seus personagens favoritos, crianças poderão brincar por aí com bonecos e bonecas que se parecem com eles, poderão "ser" seus personagens favoritos sem discriminação. Todo mundo sai ganhando!


Fontes:

Informações básicas:
E conhecimento próprio adquirido com anos de leitura de quadrinhos.


4 comentários:

  1. Concordo com tudo parabens

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  2. Excelente, parabéns! Uma situação que mostra a importância da diversidade não só nos quadrinhos, mas em todos os segmentos, foi a do menino, aqui mesmo do Brasil, feliz da vida ao encontrar o boneco do Finn, do novo Star Wars, um herói, negro como ele. Claro que uma criança pode, e deve, admirar outros heróis que lhe ensinam valores e lições, mas ter pelo menos UM herói de sua etnia torna isso muito mais bonito...

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